Mais uns dias de férias passados no sítio de minha mãe.As tardes ensolaradas de inverno fluindo lentamente, misturando lembranças do menino da infância com as do adulto. O trigo vestindo de verde úmido os campos. O cheiro das manhãs geladas misturando-se com a fumaça do fogão a lenha aquecendo a cozinha antes do café da manhã. O fim do dia tingindo nuvens brancas de vermelho. Quando criança assistia diariamente o sol desaparecendo do dia, medindo pelas árvores do horizonte o marchar lento das estações. Neste ambiente saturado de sensações , preguiçosamente modelo as miniaturas de cerâmica. Uma vez ceramista, sempre ceramista. Num canto da mala levo um saco de barro com minhas ferramentas de modelagem.
Para dar uma vida mais longa às peças , fiz um forno rústico para a queima . Alguns tijolos como parede, um balde velho para chaminé, duas barras de ferro como prateleira do forno , uma latinha de nescau como câmara de queima para as miniaturas e de isolamento térmico umas boas pazadas de terra
A queima começa bem lenta para não correr o risco das peças explodirem
A lata de nescau serve de abrigo contra as correntes de ar mais frias.
Depois de algumas horas as peças são retiradas.
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O legal deste tipo de queima é que a quantidade de oxigênio disponível é muito variável. Por isso algumas peças saem completamente negras do forno.
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