domingo, 21 de agosto de 2011

Patos selvagens no Vallparadis

No lago das ninféias no Parc Vallparadis sempre via um pequeno pato selvagem, avesso a qualquer aproximação humana. O coitado, sempre solitário. O único da espécie



De repente um virou cinco. Ele enganou a todos. Enquanto um chocava os ovos o outro dava uma volta.
As aparências enganam.



Expresso 2222

Quando conheço um lugar novo, além de ver as pessoas, seus costumes, suas casas e sua história, também gosto de ver onde ficam os seus mortos. Tem cemitérios que são verdadeiros monumentos. Hoje pela manhã fomos ver o de Terrassa. Muito bem arborizado com sombras gostosas. Um bom local para o cochilo eterno nos verões escaldantes da Espanha. Algumas sepulturas foram projetadas pelo arquiteto modernista Muncunil.





O  "tanatório"com mosaicos bonitos que o circundam.


 

Acabaram de transportar um falecido para a capela. O desenho do rabecão é um delírio de leveza. Parece uma espaçonave pronta para disparar as almas direto para os céus

Queria um destes para passear

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

História circulando

Na feira de Argentona encontrei um ceramista muito talentoso que esculpiu em relevo o processo  tradicional de fazer cerâmica em uma moringa gigante


Extração do barro da mina





Trabalhando no torno

Vendendo as peças. Forno está representado à direita.

domingo, 14 de agosto de 2011

Feira internacional de ceramica de Argentona

No domingo passado  fomos  visitar a Feira Internacional de Ceramica de Argentona, uma cidade ao norte de Barcelona, com uns 30 mil habitantes. Foi um grande centro de produção de moringas,que, com a industrialização, os ateliers foram se extinguindo,  parece que sobrou somente um atelier tradicional. Mesmo assim a cidade mantém o museu do Cantir, com a história da cerâmica desdes seus primórdios. Todos anos fazem uma festa - uma feira que lota a cidade de turistas.
Me emocionei e tirei mais de 200 fotos. Não sabia como me organizar com esta quantidade. Assim vou fazer por temas. A associação de ceramistas fez sua exposição de 25 anos de existência, mostrando seus expoentes. A qualidade das peças é muito boa.

Primeiro matando a sede com o cantir público colocado na entrada do museu


O local da exposição parece uma caverna de pedra












É claro que não poderia faltar um dragão


Esta mostra o espanto do cidadão comum com o sistema financeiro descambando.






sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A copilota Portuguesa

Mais um passeio de fim de semana, desta vez bem próximo de Terrasa. A montanha La Mola, onde numa caverna morava o dragão que em tempos antigos lanchava o terrassense, e hoje é homenageado nas festas da cidade. Será que ele só comia os maus? Nesta montanha, bem no alto, há um belo mosteiro, um mosteiro da mesma época em que por falta de alternativas de diversão, se construiam mosteiros nos locais mais inóspitos possíveis.
Tinha tudo para ser ótimo. A ida foi um stress total e demorou um tempo bárbaro para chegar. Tudo por causa da copilota portuguesa que nos acompanha nas viagens de carro. Normalmente nos presta bons serviços. Seu português é até passável para o ouvido brasileiro. Mas quando pronuncia os nomes das ruas em catalão parece que se engasgou com um pastel de Santa Clara. Simplesmente incompreensível. A sua visão é um tanto quanto obtusa e voluntariosa. As rodovias da Espanha são viradas em  rótulas. Um sistema muito eficiente quando os motoristas são educados, além de serem mais baratos que os viadutos. O problema desta lusa é que simplesmente ignora a existência das rótulas, não identifica bem as ruas, conduz
para lugares errados. Quando se dá conta , no maior descaramento fala o irritante "recalculando"e tenta achar um novo caminho. Desta vez ela nos levou a uma trilha ao pé  da montanha que com certeza não é a oficial. Esta portuguesa vive dentro do GPS do carro. É claro que não chegamos na  casa do Dragão. E o mosteiro vimos ao longe.
Quando nos acalmamos, o passeio foi bem legal.



A trilha é íngreme, mas a natureza providenciou uns ótimos corrimões.


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No alto da montanha uma rede de raízes segurando a montanha


Castanhas que servem de alimento aos animais


Nos lugares mais áridos as mini suculentas enchem  os olhos de beleza.

As pessoas daqui não usam as crianças como desculpa para o sedentarismo. Quando já caminham sobem a montanha com seus pais, na maior alegria e quando não caminham são carregadas nas costas numa boa.
Gosto muito desta tradição europeia de fazer trilhas na natureza.


Quem será o mais corajoso destes dois últimos?