O tempo que passa,
Nunca repassa,
Mas no fundo da alma, ameaça.
O tempo ido já teve o seu dever cumprido.
Não volta nem revolta.
Só revolta porque não volta.
Por que não volta?
São tão poucos
São tão muitos
Os dias, que já no berço,
Podemos dizer que a nós nos restam.
O tempo agora
Transforma em rios e vales a nossa face.
O tempo sempre me intrigou. Estas três peças foram feitas no começo da década de 90, quando eu ainda estava na Alemanha aprendendo cerâmica. Salvador Dalí tem forte presença no meu imaginário.
Um comentário:
Oi, Rui
Adorei o poema e as fotos.
Inspirou-me a contribuir também. Dê uma olhadinha lá no meu "divertimento".
Abraços
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