quinta-feira, 26 de março de 2009

Amor bandido

Olhem a beleza dessa flor de cactos.
Tem o tamanho de uma mão espalmada .
São duas espécies que florescem aqui em casa uma vez ao ano. Faz algum tempo que os cultivo no quintal. Desta vez não vou fazer apologia da beleza das flores, embora mereçam.


Os insetos compõe um grupo com maior variedade de seres vivos do planeta, pelo menos dos visíveis a olho nu, adaptados em todos os ambientes da terra. Existem moscas na Antártida que se alimentam de dejetos de pinguins. As baratas são extremamente resistentes às radiações. Elas são um sucesso do ponto de vista evolucionário. Existem comunidades socialmente perfeitas como as formigas. Porém aqui em casa o que vejo não corresponde exatamente à sua fama. Tem alguns deles caindo no conto do vigário das descerebradas plantas.



As flores destes cactos exalam um cheiro de carne em decomposição insuportável. Elas imitam a cor, a pelagem e a textura de um animal morto há 3 dias. As moscas ficam loucas. Se juntam aos montes e colocam centenas de ovos no centro da flor, na esperança de alimento fácil para a prole. Ledo engano. As larvas nascem para morrer logo em seguida de fome ou esturricadas pelo sol, sem sentir o gosto de viver uma vida inteira de mosca.




Próximo dali construí uma fonte sob um caramanchão de jasmim de poetas, onde tenho uma grande variedade de plantas aquáticas e peixes. Ali florescem 3 espécies de ninféias. Esta da foto tem um perfume maravilhoso, adocicado como de algumas orquídeas. A duração de cada flor é de 3 dias. Nos primeiros dias elas são visitadas por diversas espécies de abelhas e de vespas. No terceiro dia elas secretam um líquido açucarado onde se afogam os confiados visitantes que não podem sair dali por causa da jaula de estames. Ao fim do dia ela fecha , o pendão se curva e mergulha na água. Quando isto acontece já tem uma nova despontado da água e uma outra já em flor num ciclo interminável. Todos os dias tem uma ou duas flores desabrochadas. Uma beleza para os olhos. Pobres insetos...Imagino que este procedimento não revele um maucaratismo nestas plantas, mas sim um truque para a polinização. Acho que os insetos não levam vantagem nenhuma nisso. Se algum dia algum moscólogo ou vespólogo navegante aportar neste blog gostaria que me ajudasse a desvendar as razões mais interiores do por que isso acontece.

Prato de parede retangular 30 x 43 cm com impressões em baixo relevo das folhas de ninféia

5 comentários:

Anônimo disse...

lindo seus trabalhos! Deus abençoe as obras feitas pelas suas mãos, cheguei até aqui pela neide! aH. também de café só sabia tomar depois de pronto e indo ao interior de São Paulo conheci toda essa riqueza que é colher torrar, moer! um abraço sissi

Rui disse...

Sissi! Minhas obras nunca serão dignas de bençãos do Grande Arquiteto. Por mais que tentemos com nossas criações nunca chegaremos perto da sombra da sombra das lindas coisas que nos rodeiam e que logo deixaremos de ver

JB disse...

oi-rui-meu-teclado-está-estragado-maresia1-não-estranhe-as-----
as-suculentas-são-realmente-muito-interessantes-principalmente-pela-adaptação.curto-muito-teu-trampo-paraens.
gostaria-de-adquirir-canecas-tuas-poderia-entrar-em-contactow

Anônimo disse...

Olá Rui,gostaria de saber o nemo dessa flor de cacto que mais se parece com uma estrela......aqui em casa tem uma e nunca soube o seu nome verdadeiro.
rosecris97@hotmail.com
abraços

Edna Feitosa disse...

Rui, que riqueza de Blog e que lindo deve ser seu jardim! Muito obrigada por dar-me esclarecimentos sobre a Flor de cacto e pela oportunidade de conhecer este espaço, que passará a ser constantemente visitado por mim.
Um grande abraço.