As coisas estão se complicando para o lado dos filhotes. Eles já estão
crescidinhos, com 45 dias, e não estão nem um pouco a fim de largar a teta e batalhar pelo seu sustento, como todo mundo.
Mais ou menos como aquela gentinha do Congresso Nacional .
A Preta tem menos leite e os filhotes cada vez mais vorazes e com
dentinhos afiados a machucam. Ela foge deles como o diabo da cruz. Rosna muito, mas de pouco adianta, ninguém dá bola para
resmungos de mãe.
A Preta achou um refúgio na prateleira de cerâmicas onde os filhotes não alcançam. Eles ficam em baixo uivando desesperados, não entendendo nada da mudança de postura da mãe .
Este olhar desolado parece dizer que assim a vida não vale mais a pena, melhor seria sucumbir na água e servir de comida para os peixes. Assim pelo menos alguém fica feliz.
Seu único consolo é o refúgio no sono...
Ou atacar a cachorra
Perdita que
adotou os cachorrinhos e aguenta
estoicamente as investidas deles. Seguindo à risca a máxima de que ser mãe é padecer no paraíso.
3 comentários:
Adorei a narrativa,
Tá na hora de começar a escrever contos...
Linda familia!
Att,
é isso larga a cerãmica e escreve contos,vais te dar bem melhor...
até domingo....
Rui:
Poderia ser um comercial de cartão de crédito, pois ter tudo isso em casa pra observar, realmente não tem preço.
Abraços.
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