Em algum momento da vida do artesão ele sente vontade de passar adiante o conhecimento que lhe foi ensinado pelo antigo mestre e acrescido da própria experiência,seguindo a linha de aprendiz e mestre iniciada na imemoriável pré história humana, quando foram inventados os primeiros utilitários de barro. Fazem 5 anos que dou aulas de torno no atelier, em uma tarde da semana. É um momento em que a rotina de produção se transforma em transmissão do conhecimento acumulado. Acho este momento muito importante para mim. Aprender cerâmica não tem limites de idade, basta querer e deixar-se apaixonar. Minha aluna mais jovem tinha 1 ano, muito talentosa, mas infelizmente não seguiu adiante. Talvez eu tenha me precipitado um pouco em aceita-lá como aluna tão cedo, deveria ter esperado alguns anos, depois que seu vocabulário básico ultrapassasse o papá e mamã , se deslocasse sem ajuda, deixasse de usar as fraldas e os pés alcançassem os pedais. Fiquei um pouco frustrado, tenho a impressão de que ela não encarava aquilo como uma formação profissional mas sim como uma brincadeira.
terça-feira, 25 de maio de 2010
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2 comentários:
quanta fofurice!!
acho que a aluna fez uma ligação entre ser ceramista e ser camelô...e desistiu
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