sexta-feira, 24 de junho de 2011

Peripécias para degustar um bom vinho.

Queria comemorar a mudança para Terrassa com um bom copo de vinho, acompanhado de queijos e jamón locais. Na hora de abrir o vinho, cadê o maldito saca-rolhas? Tão acostumado que  estava com o que tinha, sempre confiável,  à disposição na gaveta do armário da cozinha de Porto Alegre, nem me ocorreu de comprar um novo. Lógico que nas gavetas daqui não havia nenhum. Mas trouxe comigo o que qualquer homem deve ter consigo, um canivete suíço. Nunca nos deixa na mão. Comecei a sacar todas as suas ferramentas. Encontrei o palito de dente de plástico, uma agulha inútil, uma abridor de garrafas que há quinze anos seria útil quando as tampinhas  eram sem roscas. O designer deste canivete com certeza era abstêmio.
Tive que partir para a ignorância. Com as unhas doloridas de tanto sacar lâminas, (porque as fazem tão duras de sacar?) consegui retirar a maior  e roí a rolha até conseguir empurrá-la para dentro da garrafa.



No dia seguinte saímos na busca de uma máquina de fazer pão, do outro lado da cidade. Não conseguí acreditar no que os olhos me mostravam. Um deboche em  forma de obelisco no início do Parc Vallparadis.



 .Deve ser o monumento em homenagem ao Saca-rolhas desconhecido.

E o meu vinho, coitado, na falta de rolha, tapei-o com uma cabeça de alho.
Vinho temperado com rolha e com aroma de alho, não tem condições.
Foi para o ralo.

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