Bem! Antes do torno, uma passeadinha pelos verdes do atelier revelam lindos e intrigantes sinais do outono.
Li alguma vez que os espinhos dos cactus além de defensores, auxiliares na disseminação das espécies, quando se grudam em algum animal que os arrastam dolorosamente juntos, também servem como captadores de umidade do ar, principalmente quando estão em áreas desérticas.
Uma de minhas plantas preferidas é o Gynco biloba, por vários motivos.Pelo estilo de construção de folhas, sem nervura central e pelo design geral percebe-se que ele é um remanescente de uma vegetação pré-histórica que sobreviveu a todas as crises que atingiram o planeta. Também li que foi uma das poucas plantas que foram salvas da extinção pela mão do homem. Ele escapou do desmatamento das florestas que cercam áreas do Himalaia por que era usado como ornamentação para os templos.
De suas folhas também são extraídos poderosos medicamentos. Não pode ser utilizado in natura como chá, devido as toxinas que devem ser neutralizadas em laboratórios farmacêuticos.
Para mim o principal motivo de ter sempre por perto um Gynco é sua beleza nas mudanças de estações . No outono ele tinge suas folhas do profundo verde para o amarelo ouro em poucos dias, parecendo um sol deslocado. As folhas se vão quase instantaneamente deixando galhos pelados emergindo de um tapete dourado. Na primavera as folhas brotam instantâneamente, enroladinhas como uma língua de sogra que se espicha no primeiro sopro de calor.
2 comentários:
Rui, você anda fazendo cursos de fotografia e não me contou nada. Fiquei encantada. Parabéns. beijos, n
Rui
tu tens uma intensidade incrível com as palavras. mesmo que não tivessem fotos, visualizaríamos td pelo teu modo de explicar. Parabéns, ´mais um grande talento: poeta das coisas simples...
Abraços, Vanessa
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